Desafio Escrever um Conto Outubro de 2010 www.portugalparanormal.com Entrevista a um Alienígena por Paraphenomenal Neste preciso cenário passa-se o seguinte: um jornalista (J) e um alienigena(A). O percurso corrido até chegar aqui foi muito simples: o alienigena estava muito bem no seu planeta a ver o seu email e de repente começou a receber publicidade (SPAM) do nosso planeta, não interessa agora qual foi, entrou em contacto com o nosso planeta e daí um jornalista conseguiu entrar contactar com ele afim de marcar uma entrevista e, neste momento, estão os dois sentados em casa do jornalista a beber a sua cerveja cada um e a falar do que se passa em cada mundo, portanto, “matam” as curiosidades de cada um. J- Então, como foi a sua viagem até ao nosso planeta . A-Foi razoável... apanhei um cometa ou outro que me atrasou, mas correu bem, até porque não é a primeira vez que venho cá, neste caso, sozinho até é porque a minha familia não pôde vir. J- Não foi a primeira vez?! Mas nunca ouvi falar de nada... quer dizer, ouve-se umas pessoas ou outras, mas depois “alguém” consegue arranjar uma expicação racional que não envolva esse tipo de situações(riu). A-Pois, eu sei que a vossa raça é um pouco “insegura” nesse assunto, até porque cada vez que um humano tem contacto visual connosco parece que é o fim do mundo para ele, mas pelo menos, os que conheço, correm todos muito rápido (riu). J-Isso eu acredito, e desde já agradeço a sua disponibilidade, até porque é uma área que eu investigo e exploro desde que especializei em jornalismo paranormal. A-Tenho todo o prazer em ajudá-lo e esclarecer aquilo que procura saber de forma a poder dizer ao mundo que “nós” não somos maus ou deformados como muito dizem. J- Isso é um aspecto que eu achei interessante. Realmente vocês tem muitas parecenças connosco! Tirando o facto de não ter orelhas, o vosso nariz ser bastante mais pequeno que o nosso, têm quatro dedos em cada mão, que reparei quando o comprimentei. A-Desculpe, orelhas? O que é isso? J-É um orgão que nós temos, um de cada lado na nossa cabeça e que é responsável por a nossa audição, por ouvirmos. A-Ah! Pois, isso nós temos internamente, não se vê. Em relação aos quatro dedos, nós realmente nascemos com cinco dedos, mas à nascença é nos cortado um deles, porque, segundo os nossos especialistas, não serve para nada e só nos vais atrapalhar. J-Interessante! A-Pois, mas nunca queira ver uma operação dessas (riu). J- Aproveito para lhe perguntar: como é o tempo no seu planeta? Frio, calor, etc. A-O nosso planeta é muito quente, às vezes até quente demais, mas já passámos por Eras Glaciares terríveis, assim como vocês devem de ir passar daqui a uns tempos. J-Como assim? Acha que vamos passar por isso? A-Claro! Eventualmente à de cair um meteorito no vosso planeta o que mudará tudo, felizmente nós já conseguimos alterar as rotas dos meteoritos quando os identificamos a virem em direcção ao nosso planeta. J-E que técnica é essa? Pode me explicar para nos ajudar futuramente? A-Infelizmente, ao aceitar este convite em vir cá, jurei não revelar qualquer informação em relação aos nossas defesas ou tecnologias, para nosso bem claro. Peço desculpa mas tem que ser assim. J-Mas não acha isso egoismo da vossa parte? Afinal só nos ia ajudar! A-Diga-me uma coisa? Vocês fariam o mesmo? Pense sobre isso... porque nós sabemos a resposta (riu). J-Nesse ponto de vista, se calhar tem razão, nós também somos um pouco egoistas nesse aspecto, queremos tudo mas não damos nada, é um dos nossos grandes defeitos. A-E é por causa disso que estão em “mau estado”. J-Como assim em “mau estado”! A-Estão em entrar num estado em que nada vos interessa a não o “Poder”, o que vai levar à ganância, mas isso já deve ter reparado à muito. Não deve ser preciso um alienigena para lhe dizer isso (riu). J- Mas já sabe o que nos vai acontecer? A-Já se prevê à muito. Vai levar à vossa extinção! J-O quê!!? Mas o que... como sabe!? Isso não é possível!!!! Não somos assim tão estúpidos!? A-Isso julga o senhor! Não o estou a chamar de estúpido, longe de mim, mas os Poderes Maiores do vosso planeta vão destruir o mesmo, e eu, obviamente, não lhe vou dizer como. Se são inteligentes o suficiente para irem ao espaço, também terão que ser para sairem dos vossos problemas. J-Eu noto um pouco de rancor no seu discurso.... Tem algo contra nós? A-Infelizmente para vocês, não somos vossos amigos, devido ao facto de vocês quando vêem algo diferente partem para a violência. Já faleceram cá vários colegas meus só por se encontrarem no vosso planeta. Fazem cair as nossas naves, raptam os nossos pilotos e abatem-nos...e aqueles que sobrevivem vão para laboratórios vossos servir de cobaias e testes.... e querem que nós fiquemos como?! Felizes?! Obviamente que não! Mas isso vai acabar futuramente, não se preocupe. J-Como assim não me procupo? Agora é que fiquei preocupado! Os humanos já conhecem a vossa existência à muito tempo e não o tornam público porquê? Até estou envergonhado com as decisões do meu povo... A-Pois, é algo que nós achamos estranho, mas achamos que seja por possuir algo que ninguém sabe. Eles acham que ao possuirem algo que ninguém ou quase ninguém conhece, que têm o “poder”, ou pelo menos ficam com essa sensação. Mais uma vez voltamos à ganância e “sede” de “Poder”. São muito mesquinhos vocês, ligam demasiado a coisas superficiais e materiais mas deviam concentrar-se em vocês, na vossa sobrevivência, na preservação do vosso planeta que também está nas últimas, enfim, autodestruição é o vosso forte (riu). J-Apesar de não estar a gostar daquilo que estou a ouvir, não tenho qualquer argumento para contrariar aquilo que disse... A-O nosso povo anda a estudar-vos à anos e, até à data, tem acontecido tudo como nós prevemos, são demasiado previsiveis. Sem falar da quantidade de doenças que inventam, mas pronto isso era outra conversa. J-Pois, eu nem vou perguntar(riu)! Entretanto pergunto outra coisa, têm outros planetas habitados perto de vocês? A-Sim, temos. São semelhantes a nós porque, entretanto, o nosso planeta começou a ficar lotado e tivemos que expandir a nossa raça para outros locais porque, ao contrário de vocês, não prescindimos de ninguém ao ponto de criar doenças ou outras situações para controlo de crescimento da população. Achamos que todos são necessários e damo-nos todos bem, pensamos em nós e naqueles que nos rodeiam. Estou-me a fazer entender? J-Claro que sim, tem sido bastanto claro em cada ponto que falamos, o que me leva a perguntar: Falam todos tão bem no seu planeta? A-Acha que eu falo bem? Pronto, ainda bem, de facto nós investimos muito os nossos esforços na educação de cada um. Temos um nível de exigência elevado para as nossas futuras gerações, isto porquê? Porque são eles que vão continuar a garantir a continuidade do nosso trabalho e, principalmente, a continuidade da nossa espécie, já de vocês não posso dizer o mesmo.... o vosso “tic-tac” não está a abrandar... J-O nosso “tic-tac”?! A-Sim! O vosso relógio de extinção, quando o vosso planeta fizer “BUM”! J-Bem, falemos de outros assuntos que eu não estou a gostar destes.... A-Diga lá então, já não me resta muito tempo aqui consigo. Tenho horários a cumprir. J-Ok, vou ser muito directo agora... Vocês querem fazer-nos mal? A-Já pensámos nisso, mas não iamos ganhar nada com isso, de facto até preferimos observar-vos, ver a vossa evolução, até porque já passámos por ela, e ver se chegam às mesmas conclusões que nós, ou, e porque não, a situações novas e boas! Estamos sempre a aprender. Tivemos uma ideia inicial de vos fazer mal quando abateram a nossa primeira nave, até raptamos alguns de vocês, mas acabámos por devolve-las, mas também ter ouvido falar disso. Atenção que falo apenas da nossa espécie, não nos responsabilizamos por outras, até porque podem ter outras intenções. J-Já agora, uma coisa que me escapou... Qual o nome da vossa espécie? A-Pois, realmente estava a achar estranho, isso e outra situação, mas vou aguardar que se lembre. Bem, o nome da nossa espécie é “Nothlius”. J- E tem algum significado especial? A-Porquê? Humano quer dizer alguma coisa? J-Bem, pelo que sei provem do Latim e quer dizer “pessoa”, mas pouco sei sobre isso. A-Ok, o nosso vem de outra lingua, que penso que vocês também a têm, ao qual chamam “Inglês”. O nosso são três abreviaturas de três palavras: “Nothlius” é igual a “Nothing+Like+Us”. Não sei se percebe esta lingua, mas quer dizer “Nada como nós”. J-Interessante... A-Bem, está na minha altura... tenho que fazer uma grande viagem ainda. Espero que tenha ficado esclarecido e espero que possa esclarecer mais gente.. aliás naquelas que acreditarem em si (riu). J-Pois, realmente tem razão, eu agradeço a sua presença e espero que a sua viagem corra bem, e já agora, o que é que eu não me lembrei de perguntar? A-Ah, o meu nome, não me perguntou, mas não se preocupe, eu também não lhe vou dizer. J-Não entendo porquê, mas respeito, boa viagem então. A-Obrigado e até um dia! J-Ou não... -Assim que o Alienigena virou costas, o Jornalista bate-lhe na cabeça com uma espécie de ferro, ficando automaticamente o Alienigena inconsciente. De seguida o jornalista telefona às autoridades para o irem buscar e estudá-lo, como tinham combinado anteriormente a esta entrevista. Seremos sempre iguais por muito que tentemos mudar, porque, infelizmente, não remamos todos para o mesmo lado. - FIM -