Desafio Escrever um Conto Outubro de 2010 www.portugalparanormal.com Entrevista a um Alienígena por Arph (conto vencedor) A noite era esplêndida. Na parte de fora da minha pequena casa de pedra, no alto da serra, via-se o grande brilho do firmamento e parecia que a abóbada celeste, dum azul-escuro marinho transparente, tinha sido acabada de pintar por um magnífico artista, de tão vivas que eram as cores dos seus corpos. Um homem sente-se insignificante numa noite assim e a sua imaginação vagueia ao sabor do seu olhar abstracto e do seu próprio alheamento. Acabamos por nos esquecer de nós próprios, cravando o olhar na imensidão do fascinante desconhecido que nos adormece a mente com uma torrente de interrogações sedativas. No silêncio da serra, no alto duma fraga onde, isolada, a pequena casa de pedra se criou fundindo-se ao chão pétreo, ao abrigo do vento norte, estava eu naquela serena noite de início de Verão contemplando a sua magia, que muito deve ter fascinado o Homem na sua imensa caminhada contemplativa. Por volta das 22horas, resolvi deitar-me naquele recanto com ervas altas e macias, e ali fiquei de olhos tão abertos como se quisesse ver todo o céu visível. Vi algumas estrelas cadentes, deixando a sua efémera e fascinante luz na tela, como se fosse um véu de fada deixando desprender uma nuvem de pós mágicos. O luzeiro cintilava conforme a intensidade das mil candeias e isso provocava em mim um efeito hipnótico. Um astro cintilava mais que todos os outros e nele concentrei o olhar. Pouco depois, os barulhos da noite ? das aves nocturnas e sobretudo dos grilos ? foram ficando cada vez mais distantes, mais distorcidos, enquanto, neste embalar e num último murmúrio, se deixaram de ouvir por entre os agradáveis aromas das ervas e flores. Senti uma tremura no meu corpo estendido e descontraído, como se uma brisa serrana me tocasse apenas com as suas fímbrias geladas. Um novo tremor suave, quase imperceptível, e senti-me como uma pena que é levada docemente pelo vento enquanto o meu olhar se mantinha fixado naquele astro mais brilhante que os outros e a ele me dirigi, como se fosse a coisa mais simples. Via-me subir por entre paredes diáfanas de luz, numa sensação de excitação nervosa e uma calma induzida por algo que não entendia, aproximando-me cada vez mais daquele astro. Pensei estar a sonhar; pensei ser o que chamam de ?viajem astral?, em que o meu espírito vaguearia pelo espaço, preso ao corpo inerte, por um fio prateado. Tentei olhar para baixo para descortinar esse fio de ligação, mas não consegui. Aproximava-me na posição horizontal, olhando o espaço sideral. Nem a brisa sentia, apenas uma atmosfera morna a envolver-me. De repente, em sobressalto, vejo o astro perigosamente perto de mim, tento reagir por instinto, acordar, mexer-me, fazer qualquer coisa para evitar o embate iminente. Vi, com pavor, que o astro era algo de artificial? uma gigantesca nave cuja origem desconhecia. Estremeci, aterrado. No meu rosto a expressão de terror e desconcerto eram, decerto, bem visíveis; o coração cada vez batia mais depressa?o pânico era generalizado. Não tinha qualquer controlo sobre os factos. Só me restava esperar ao mesmo tempo que, incrédulo, tentava perceber e dar uma explicação racional ao que se passava. Era, de facto algo de inacreditável e não era sonho algum, pois sonho algum poderia ser a realidade que vivia naquele conturbado e insólito momento. Já dramaticamente junto da estranha nave, só me ocorreu fechar os olhos, respirar fundo e esperar o que viesse? fosse o embate ou outra coisa qualquer. De súbito, quando penso que o embate já teria ocorrido e nada tendo sentido, e muito menos de doloroso, abro os olhos e encontro-me de pé no interior duma sala redonda ampla e iluminada, sem aberturas visíveis, com uns quatro metros de altura por quatro metros de raio, que tinha apenas luzes claras e suaves que se encontravam a meio das paredes em todo o perímetro. Tais luzes começaram a alternar-se em cores diferentes, de todo o espectro do arco-íris, mas suaves, muito suaves, começando a causar em mim um efeito calmante, de relaxamento, de confiança, paz e tranquilidade. Toda a minha ânsia, medo e nervosismo desapareceram, restando apenas uma sensação de serenidade e leveza. Quando estava neste estado, uma porta abriu-se repentinamente, sem emitir qualquer som, deixando visível um corredor iluminado perpendicular à abertura, nos quais reparei só depois de ter dado mais uma volta exploratória pela sala. A sua visão não me afectou, como se fosse algo que já estivesse à espera; nem me afectou quando, logo de seguida, surgiu uma figura humanóide como nunca tinha visto em lado algum dos catálogos de extraterrestres. Não era dos grey, nem do género nórdico, nem dos pequenos e cabeçudos, nem como o ET do Spielberg, nada, nada, nada semelhante: era um ser muito alto, dos seus dois metros e meio, branco, que parecia não ter roupa mas sim pele, mas sem órgãos genitais, nem peitos, nem nádegas; tinha uma cabeça grande, mas nada desmesurada, um queixo ovalado, um pescoço fino e longo, mas proporcional ao corpo, uma boca fina, um pequeno nariz e uns olhos grandes, redondos, de córnea branca com uma íris de um cinzento claro, bondosos; não tinha orelhas e era desprovido de pelo em todo o corpo; tinha umas pernas longas e esguias, assim como os braços. Os seus pés eram proporcionais ao corpo e alongados, com cinco dedos em cada um; as mãos eram esguias, também com cinco dedos em cada uma; as unhas eram quase imperceptíveis. Também o seu tórax era estreito e esguio. Não havia sinais de mamilos nem de umbigo. O seu corpo, de tão branco, mas dum branco etéreo, com alguma espécie de transparência, irradiava luz; aquele ser era luminoso; naturalmente luminoso. Não senti qualquer temor perante a sua presença. Ele olhou-me nos olhos, esboçou o que me pareceu um sorriso, sem que os seus lábios se abrissem e se visse algum dente ou língua, estendeu-me a mão num gesto que soube que era um convite para o acompanhar. Segui-o, enquanto ele à minha frente dava passos longos e leves ao mesmo tempo que os braços, caídos, se moviam com estranha graciosidade. Todo ele mais parecia flutuar que caminhar. Era uma espécie de bailado de borboleta, de tão suaves que eram os seus mais banais gestos. Parou junto duma nova entrada, voltou-se para mim e entrou nesse compartimento? segui-o. O que se me deparou desconcertaria qualquer ser humano: era uma sala em meia-lua, talvez o triplo da anterior, com a parte mais larga virada para o espaço, sem mobiliário, com painéis de comando e hologramas nas paredes e em todo o interior. Atravessávamos, literalmente, esses hologramas de cores garridas e variadas, com símbolos desconhecidos e traços que só me faziam lembrar as nossas coordenadas terrestres, como a latitude e longitude. Viajávamos a uma velocidade colossal, atendendo ao modo como nos afastávamos e aproximávamos dos corpos celestes. Ele aproximou-se da imensa janela e fui até ele, obedecendo a uma estranha mensagem mental. A minha mente tinha recebido esta mensagem: ?Aproxima-te e vê.?. Foi o que fiz. Coloquei-me no seu lado direito e fiquei preso ao impressionante panorama que aquela janela oferecia. Nem uma palavra conseguia proferir, nem a boca conseguia abrir para falar ou criar uma mensagem mental para o contactar. À nossa frente a Terra, linda, maravilhosa, cheia de azul e nuvens brancas; pouco depois, viam-se os contornos da Europa, toda iluminada naquela parte nocturna do planeta. A nave desviou-se da rota da Terra e percorremos vários planetas e luas do nosso sistema solar. Eram imagens formidáveis, com planetas gigantes. Mergulhámos em Saturno, numa atmosfera amarelada, carregada de densas nuvens com ventos incríveis que chegaram a fazer balançar a nave, mas o mais impressionante foi quando se aproximou do Sol, de intensa luz branca, e me mostrou estruturas artificiais de tamanho incomensurável, feitas por seres inteligentes; também me mostrou naves, imensas naves interplanetárias em vários planetas e a circular pelo espaço. Nem uma só palavra ou pensamento me dirigiu, nem eu nunca o interroguei de forma alguma durante aquela viagem, de tão fascinado que estava. Só então me apercebi que aquela longa viagem havia sido feita em pouco tempo, pois no meu relógio marcava apenas 23h:45m, e nem estava cansado, apesar de ter estado de pé: afinal, como descobri pouco depois, nós estávamos ?sentados? numa espécie de ?banco de energia? que nos mantinha como que a flutuar, anulando qualquer esforço físico ou pressão a que o nosso corpo pudesse ser submetido. Quando nos aproximávamos da Terra, ele olhou para mim e ?disse-me?: ?Podes perguntar.? Cravei os meus olhos nos dele, com um fascínio indescritível, como se eu fosse uma criança que quisesse muito um brinquedo e alguém me tivesse presenteado com milhares deles, e dei início a uma entrevista que me pudesse explicar as minhas grandes interrogações existenciais e cosmogónicas. Vou tentar reproduzi-la o mais fielmente possível, embora a maior parte das respostas seja dada não pelas exactas palavras que recebi, mas pelo sentido que delas depreendi, pois não levava papel para as anotar nem era possível gravar pensamentos, já que tudo se passou ao nível do pensamento, apesar de tudo me ter sido transmitido duma forma tão directa e simples que se tornou impossível esquecer o que me transmitiu: Eu: _ Pelo que me mostrou, sinto a pequenez da Humanidade. Quem são vocês? Ele: _ Todos os seres evoluídos do Universo começam pelo princípio. Uma borboleta antes de se elevar nos céus, rasteja como larva. Tudo é fruto da evolução e a evolução é fruto do tempo, por isso não subestimes a Humanidade, pois só há bem pouco deixou o seu estado larval. Nós somos seres que já deixaram de rastejar há muito, muito mais tempo, por isso voamos muito mais alto e mais além. Tivemos a nossa evolução num planeta como o vosso, com uma atmosfera idêntica, muita água e vegetação e biodiversidade, um tesouro, mas já não existe, tendo atingido o seu limite de existência, assim como acontecerá um dia à Terra, mas nessa altura já terão conseguido asas para voar para um novo lar. Eu: _ Compreendo isso, perfeitamente, era essa a ideia que já fazia, pois na Terra quer vocês quer as vossas naves são vistas regularmente e grande parte de nós não é tão ingénua que acredite nas versões oficiais dos nossos governos, os quais ridicularizam propositadamente estes assuntos, dizendo ser falsos e originados por deturpações de vária ordem, decerto para não nos inquietarem e atemorizarem. O que vos traz ao nosso planeta? Qual o vosso interesse aqui? Ele: _ Sim, os vossos governos sabem que nós existimos. Eles já tiveram atitudes hostis contra nós no passado, por isso tivemos que encontrar forma de os contactar para os esclarecer da nossa presença e das nossas intenções a fim de evitar um conflito, o que a existir nos colocaria numa situação duplamente difícil: por um lado não podíamos levar a cabo a nossa missão sem riscos e por outro lado poderíamos ter que nos confrontar com uma situação de hostilidade e termos que reagir em legítima defesa, o que nos repugna, pois não é essa a nossa missão, nem está na nossa natureza. Mas, respondendo, não é bem o que nos traz ao vosso planeta, mas antes o que nos mantém cá, pois há muito que aqui estamos. Digamos que resumidamente tudo se explica desta forma: Quando um planeta habitável e onde a vida se gerou de modo natural, espontâneo, chega perto do seu limite de existência, a civilização inteligente que nele se desenvolveu deve, para sua própria subsistência, buscar outro planeta com condições de habitabilidade e nele introduzir os genes da vida e da multiplicidade dos seres, aquilo que vocês chamam de biodiversidade e terra-formador. Depois, é só uma questão de tempo até que a vida se desenvolva e seja possível colonizá-lo para perpetuar a espécie ou encontrar recursos para desenvolver experimentos para benefício da mesma: repara no potencial químico das plantas no vosso planeta para uso de fármacos. Também desenvolvemos a vida noutros planetas estéreis, onde as espécies, mesmo diferentes das nossas, por acção dos princípios evolutivos, tenham possibilidades de evoluir e chegar a patamares de inteligência idênticos aos nossos. Na Terra, fomos nós os ?cultivadores?, por isso mantemos esta estreita relação convosco já que nos sentimos responsáveis pela vossa evolução. Hoje aparecemos mais vezes, porque é neste estádio evolutivo que as espécies inteligentes mais perigam, já que desenvolveram um grau razoável de tecnologia mas ainda estão presos a princípios, ou melhor, a instintos muito primitivos, como os referentes à posse (propriedade), ao racismo, à religião e a uma organização política e economicista assente na competição, no individualismo e na territorialidade. Estes factores juntos são explosivos, e enquanto a Humanidade (e outras ?humanidades? esparsas pelo Universo) não souber ultrapassar as naturais divergências que disso resultam, a guerra e a extinção da vossa espécie é uma realidade constante. Daí a nossa presença para ?apaziguar?, tentando, através de vibrações (tudo no Universos são vibrações) adequadas, harmonizar e ajudar a evoluir os vossos pensamentos. É lamentável, mas normal face ao vosso estádio evolutivo, que gastem tanta energia mental apenas para satisfação de desejos tão vulgares como alimentação, sexo e superar o seu semelhante em qualquer área (competição/egoísmo/inveja/maldade). Vocês gastam apenas uma ínfima parte dos vossos pensamentos em ideias altruístas. Nem imaginam o que conseguiriam evoluir e obter se vocês aumentassem um pouco mais que fosse a dedicação a pensamentos altruístas. Estes pensamentos são comuns e inerentes a espécies mais desenvolvidas. Essa transformação, infelizmente, é muito morosa e subtil. Necessita de uma concentração em valores fraternos. Basta que olhes para a vossa história e ver o quão difícil foi acabar com a escravatura, por exemplo. Neste momento estamos a tentar que a Humanidade abra o seu coração, que se torne mentalmente mais pura e aberta a princípios e valores fraternos, altruístas e universais. É este o nosso interesse. Eu: _ Faz todo o sentido o que dizes; nunca tinha visto isso por esse prisma. Mas, diz-me, quantas espécies de extraterrestres andam por aqui na Terra? Várias têm sido vistas e algumas até chegaram a ser muito hostis. Afinal, quem são os ?outros? e o que fazem aqui? Ele: _ Os extraterrestres, como nos chamas, são de variadas espécies e cada espécie, até entre si, pode apresentar diferenças de formas, tudo dependendo do seu grau evolutivo. Vocês são da nossa espécie e vê a grande diferença que entre nós existe neste momento. Se vocês evoluírem naturalmente, sem retrocessos como os impostos por guerras, um dia serão como nós agora nos apresentamos. Outros da nossa espécie são seres praticamente transparentes, evoluindo para a invisibilidade material, vivendo noutras realidades espaço-temporais diferentes desta, usando tecnologias invisíveis e muito mais poderosas, com recurso a energias que nem nós estamos autorizados a conhecer. Nós mantemos um contacto assíduo com eles, que nos dão orientação e apoio. Nós estamos para eles, como vocês para nós, em termos evolutivos. Também vocês já começam a dar os primeiros passos no espaço e chegará o dia em que colonizarão planetas e criarão neles vida e por ela se sentirão responsáveis e guardiães. É este o vosso e o nosso destino. Não gostamos da solidão e o espaço é tão vasto e solitário. Há que o preencher de vida. Outras espécies inteligentes diferentes, porém, se desenvolveram nos primórdios dos mundos, dando origem a seres que apresentam um aspecto diverso do nosso e que também eles foram tocados pelo impulso de criar vida noutros planetas distantes, pelas mesmas razões que nós. Outros, no entanto, fizeram-no por razões diversas e sinistras: controlar os mundos, pela influência dos números e de acções bélicas. Alguns deles, dessas sinistras espécies, aqui se encontram e tentam entrar furtivamente. Mas nós estamos atentos e monitorizamos as suas actividades. Eu: _ Estou fascinado com o que me dizes. Tenho que fazer umas perguntas cruciais a este respeito: Então, quem é Deus? E Lúcifer? E Jesus Cristo? Para que servem as Religiões? Como começou o Mundo? Ele: _ Deus é o que quiserem que seja. Deus é o conjunto das forças ou energias dos mundos. Um dia vocês compreenderão que nos mundos existe uma energia imensa e invisível da qual todas as demais provêm. É uma energia poderosíssima e que é para nós impossível de descrever. Ela é a única fonte de criação espontânea de vida e ela é inacessível à maioria. Nós podemos ?criar? vida mas só a partir da existente, que é criação de Deus. Não temos o poder de criar vida nova; vida singular; e mesmo as formas de vida que modificamos geneticamente, fundam-se na vida existente, e não são em si nada de novo, pois até essas mesmas alterações genéticas ocorrem espontaneamente na natureza?é só uma questão de tempo para que ocorram. Apesar de todos os seres e coisas dos mundos serem energia e serem emanação da Energia Deus não podem aceder a ela de modo directo e imediato, pois tudo carece de evolução. Se pudéssemos agora ?tocar? nessa poderosa Energia Deus, éramos fulminados, pois ela é tão imensa, intensa e absolutamente pura que a nossa ?impureza? faria curto-circuito por ainda não sermos um bom condutor de energia, para usar uma comparação que entendas. Embora te diga que todos os seres estão destinados a fundirem-se um dia nessa energia criadora que é o Princípio e o Fim de todas as coisas como ponto de partida e chegada no caminho da evolução. Ela é um pulsar eterno que cria vida e a sublima. Ela é a Consciência mais perfeita que é possível alcançar. Está em tudo, em todo o lado e ao mesmo tempo e tudo coordena de forma magistral. Nós, todos nós, fazemos parte integrante da Energia Deus, essa Consciência que está acima do Tempo e do Espaço. Os vossos cientistas ensinam-vos que tudo começou com a grande explosão, o Big-Bang, e que antes disso toda a matéria estava concentrada numa partícula ínfima (?partícula de Deus?) que tinha a massa incomensurável de tudo quanto hoje existe e que a energia nela armazenada chegou a um ponto crítico que explodiu dando origem ao universo (mundos) que hoje existe, e que esse universo, por força da violência da explosão está em expansão (projectado) numa determinada direcção, sendo que quando acabar essa força que o projecta, qual mão-cheia de areia lançada por uma criança que pouco depois perde a força e cai no chão, o universo entra em contracção e volta a ?cair? num único ponto ? com a destruição de toda a vida ? onde se acumula numa massa imensa e concentrada que originará a criação de uma partícula idêntica à inicial que, por sua vez, explodirá novamente dando origem a novos mundos, num círculo perpétuo de contracção/explosão. Ora bem, não é isso que acontece. Não é bem assim. A vida não se destrói. Essas contracções e explosões mais não são que, digamos, o pulsar desse gigante energético, o seu respirar, para que me possas entender, mas nunca a destruição da vida, antes sim uma espécie de ?lavagem?, de purificação ou sublimação das energias, para que haja um ?carregamento? energético desse grande gerador/acumulador, iniciando-se um novo ciclo, para possibilitar um novo ?carregamento? futuro. Por isso as religiões o ligam ao fim do mundo; ao juízo final; ao grande julgamento. Mas na verdade nada mais é que mais um grau que se atingiu no caminho para que toda a energia existente se funda, um dia, quando totalmente sublimada, na grande Energia Mãe, ou Deus, como queiras. Mas nesse dia acontecerá uma coisa extraordinária: todos nós, sem excepção, fundidos na pureza da Energia Criadora, teremos a consciência da nossa fraternidade e unidade e da nossa unicidade como DEUS. É tão extraordinário como incompreensível para vós, neste momento, e não te consigo fazer explicar de modo mais simples. Quanto a Lúcifer e a outros a ele conexionados, são também seres criados pela imensa Energia Criadora que é Deus, mas que governavam mundos onde se desenvolveram e colonizaram e que um dia, por não entenderem a grandiosa dimensão do conceito de Deus e da irmandade resultante da Sua Obra, puseram a Sua existência em dúvida e se rebelaram contra os princípios da fraternidade cósmica e se aliaram a outras espécies, também rebeldes, e deram origem a Impérios que tentam subjugar outros, através das mais variadas armas e que são tantas e de tão diversa natureza, material e espiritual, que não entenderias. Digamos que a nossa mente é o principal palco dessa batalha, é aí que são projectados os ?aliciamentos?. Por isso é que as espécies que têm plena consciência da existência real de Deus Criador e do Seu Poder Ilimitado, Eterno e Invencível e o alcance da Sua Obra, tentam abrir a consciência das espécies em evolução, como a vossa, trazendo seres altamente espirituais, que se encontram em outros patamares mais altos da evolução, para que nasçam nas Terras dos Mundos e transmitam às espécies, em início de evolução, princípios fundamentais para crescerem em consciência e se tornarem no futuro civilizações fraternais e portadoras da Luz, ou seja do Conhecimento da existência Divina, da Verdade sobre a Criação dos Mundos, da Irmandade das espécies e nos ajudem a estender esse conhecimento em todo o lado, incluindo junto das civilizações rebeldes. Por isso o nascimento de Cristo, assim como tantos outros seres Iluminados. As religiões, servem apenas para serem o cimento desses valores ou princípios, mas que um dia deixarão de fazer sentido quando cada ser for em si mesmo, pela consciência iluminada, um templo de dedicação à causa da fraternidade universal. Nós, os que pertencemos ao que podemos chamar Fraternidade da Luz, formada por variadas espécies amantes da Paz, estamos num grau evolutivo esmagadoramente superior aos rebeldes, os quais, muitas vezes, até entre si lutam; a nossa filosofia é não atacar, não destruir, mas temos a capacidade para o fazer, por isso eles nos temem, embora nos repudiem, mas tentamos chegar a eles com subtileza e trazê-los ao nosso seio. É uma tarefa difícil mas necessária e mais que tudo, uma tarefa que sabemos que será bem sucedida. É uma questão de tempo. O Mundo nunca começou, nem acabará. No plano da compreensão humana, vocês não têm estrutura mental para perceber, ainda, o Milagre que é a Vida e a Criação. Só te posso dizer que eles, os rebeldes, andam aqui na Terra, a tentar influenciar-vos para que evolutivamente caiam para o seu lado, mas nós estamos cá, estamos a proteger-vos e não vamos permitir que sejam conquistados por eles. Por isso eles, apesar de cá andarem há muito tempo, nunca vos conseguiram em definitivo conquistar, subjugar, escravizar. Eu: _ Extraordinário! O que acontece connosco depois da morte? De que somos feitos, afinal? Ele: _ Já chegámos. Fica-te com esta mensagem e a promessa duma futura visita onde te revelarei o que me perguntaste. Fica com a nossa Paz e dá a tua Paz?meu Irmão. Fitei-o nos olhos profundos e doces, agradeci-lhe do fundo da minha alma o quanto me revelou e pedi-lhe apenas que me dissesse o seu nome. Ele fixou-me, esboçou o tal sorriso sem abrir a boca, e respondeu: ?Nós não temos nomes!? Pouco depois eu descia sobre a relva fofa e via afastar aquele ?astro?. Estou a contar-vos este episódio neste fórum, dada a oportunidade do tema. Mas quantos de vocês acreditam mesmo que isto é apenas um conto e não se passou realmente?! - FIM -